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quinta-feira, 19 de setembro de 2013


A categoria bancária inicia uma greve nacional por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (19), conforme decisão unânime das assembleias dos trabalhadores do ramo financeiro realizada no último dia 12 em todo país. No Pará, mais de 8 mil bancários e bancárias deverão cruzar os braços e parar as atividades das mais de 550 agências de bancos públicos e privados que atuam no Estado. Em Belém, a concentração do primeiro dia de greve será na Avenida Presidente Vargas.



No município de Santarém, os funcionários dos bancos públicos e privados já confirmaram adesão à paralisação nacional.

A categoria está desde o mês de agosto em plena Campanha Nacional por melhores salários e melhores condições de trabalho. Porém, nas negociações do Comando Nacional da categoria com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e também nas mesas específicas com os bancos públicos, nenhum avanço foi alcançado pelos trabalhadores.

Na última rodada com a Fenaban realizada no dia 5 de setembro, em São Paulo, os representantes dos bancos apresentaram ao Comando Nacional dos Bancários uma proposta de reajuste salarial de 6,1%, o que não repõe nem mesmo a inflação do período projetada em 6,6%.

Além disso, a Fenaban se nega a garantir melhores condições de trabalho, não querem a contratação de mais bancários para acabar com as filas, não aceitam reduzir juros e tarifas, e não querem garantir mais segurança nas agências.

Em nível local, houve apenas duas mesas de negociação com o Banco da Amazônia e todas sem avanços, principalmente para demandas como novo Plano de Cargos e Salários (defasado há quase 20 anos), o fim das terceirizações e da lateralidade, e a melhoria das condições de trabalho nas agências. O banco suspendeu as negociações desde o dia 3 de setembro.

No Banpará, foram realizadas cinco rodadas de negociações específicas, e assim como nos demais bancos, nada de avanços para os trabalhadores. O banco segue sem apresentar respostas para as principais demandas do funcionalismo que são: a retomada do tíquete extra – que saiu do acordo coletivo no ano passado por intransigência do banco, as imediatas promoções para todos os funcionários no Plano de Cargos e Salários, e a reestruturação de todas as unidades como forma de garantir melhores condições de trabalho. 

“A cada ano, as empresas bancárias registram lucros astronômicos. No primeiro semestre de 2013 os bancos alcançaram lucro de mais de R$ 30 bilhões, o maior lucro bancário no Brasil em toda sua história. Diante desse fato e da intransigência dos bancos em oferecer um índice que não repõe nem a inflação, e em não aceitar negociar nossas reivindicações de emprego, saúde, segurança etc, não resta alternativa à nossa categoria senão a greve nacional por tempo indeterminado, pois somente assim poderemos arrancar conquistas nessa Campanha Nacional”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Quarto Poder com informações do Sindicato dos Bancários do Pará 

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