
A verdade, porem, é que muito do potencial econômico do Tapajós foi pouco ou nada explorado até agora. Pela simples razão de que a região parece apartada do Pará, distante dos olhos e do coração de Belém, a capital.
O sentimento de isolamento gerou outro, o de separação. O desejo de comandar seus próprios destinos floresceu na região já por volta de 1850, quando houve a divisão do Pará para a criação da Província do Amazonas. Em 1853, foi sugerida a criação da província do Tapajós. E, desde então o movimento só fez crescer. Varias tentativas foram feitas até que, na Assembléia Constituinte de 1988, quando se criaram os estados do Tocantins, Amapá e Roraima, foi criada uma Comissão de Estudos Territoriais para avaliar a possibilidade de criar novos estados.
Em 1990, o Relatório 01/90, da Comissão de Estados Territoriais do Congresso Nacional, recomendou a criação do Estado do Tapajós, único que atendia todos os critérios estabelecidos. A mobilização tomava corpo. Em 1991, foi proposto o plebiscito de emancipação e, no ano seguinte, uma emenda popular com 17 mil assinaturas chegava ao Congresso. Nos primeiros anos deste século, as Comissões de Constituição e Justiça do Senado e da Câmara Federal aprovaram a realização do plebiscito , que agora agarda a manifestação final do plenário.

Em setembro de 2007, o Movimento protocolou junto à Câmara dos Deputados, em Brasilia, um abaixo assinado com 500,000 assinaturas solicitando o plebiscito do Estado do Tapajós.
Em 23 de abril de 2008, através da Resolução Nº 02/2008, é instituída, no âmbito da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, a Frente Parlamentar em Defesa do plebiscito para apoiar a criação do Estado do Tapajós, com o objetivo maior de defender e garantir o direito à consulta popular sobre a redivisão territorial e política do Estado do Pará.
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