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sábado, 21 de maio de 2011

    
 Alguns dos mais belos rios da Amazônia ficam no Oeste do Pará, região que compreende o território do futuro Estado do Tapajós. Belos e generosos rios, com sua rica fauna aquática, e que cortam paisagens de cair o queixo de tão bonitas. Mas a natureza não se preocupou somente com a beleza. Plantou lá riquezas minerais, principalmente ouro e bauxita, que já são explorados, sem falar nos recursos hídricos para a geração de energia, Em toda a sua extensão territorial, 58% do que é hoje o Pará, existe muito recurso a ser explorado, sem necessidade de devastar.
     A verdade, porem, é que muito do potencial econômico do Tapajós foi pouco ou nada explorado até agora. Pela simples razão de que a região parece apartada do Pará, distante dos olhos e do coração de Belém, a capital.
      O sentimento de isolamento gerou outro, o de separação. O desejo de comandar seus próprios destinos floresceu na região já por volta de 1850, quando houve a divisão do Pará para a criação da Província do Amazonas. Em 1853, foi sugerida a criação da província do Tapajós. E, desde então o movimento só fez crescer. Varias tentativas foram feitas até que, na Assembléia Constituinte de 1988, quando se criaram os estados do Tocantins, Amapá e Roraima, foi criada uma Comissão de Estudos Territoriais para avaliar a possibilidade de criar novos estados.
     Em 1990, o Relatório 01/90, da Comissão de Estados Territoriais do Congresso Nacional, recomendou a criação do Estado do Tapajós, único que atendia todos os critérios estabelecidos. A mobilização tomava corpo. Em 1991, foi proposto o plebiscito de emancipação e, no ano seguinte, uma emenda popular com 17 mil assinaturas chegava ao Congresso. Nos primeiros anos deste século, as Comissões de Constituição e Justiça do Senado e da Câmara Federal aprovaram a realização do plebiscito , que agora agarda a manifestação final do plenário.
     Apesar do isolamento, a região do Tapajós teve forças para apresentar números que hoje justificam a sua luta já  secular pela emancipação. Pode-se dizer que esses números são conquistas de seu povo bravo e trabalhador, disposto a enfrentar o que for preciso para viabilizar o sonho do Estado do Tapajós. Um Estado que já nasce grande no contexto da Amazônia.
     Em setembro de 2007, o Movimento protocolou junto à Câmara dos Deputados, em Brasilia, um abaixo assinado com 500,000 assinaturas solicitando o plebiscito do Estado do Tapajós.
     Em 23 de abril de 2008, através da Resolução Nº 02/2008,  é instituída, no âmbito da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, a Frente Parlamentar em Defesa do plebiscito para apoiar a criação do Estado do Tapajós, com o objetivo maior de defender e garantir o direito à consulta popular sobre a redivisão territorial e política do Estado do Pará.

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