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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Pará - Uma situação no mínimo estranha está sendo investigada pela Polícia Civil de Icoaraci, distrito de Belém. Uma criança, que havia sido declarada morta, teria dado sinais de vida dentro do caixão, em seu próprio velório. Segundo o pai, a criança chegou a falar com a família e pediu água. Na manhã desta terça-feira (5), a família realiza um protesto em frente ao Hospital Abelardo Santos, onde a criança foi atendida.


De acordo com a família, o caso aconteceu ainda na madrugada do sábado (2), na casa onde morava, na ilha de Cotijuba. O menino Kelvin Santos, de 2 anos e três meses, declarado morto por médicos do Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, na sexta-feira (1º), deu os primeiros sinais de vida. 'A tia dele percebeu que ele ainda estava respirando e, um pouco depois, abriu os olhos', disse o pai, o agricultor Antônio Santos, afirmando que os primeiros sinais de vida foram percebidos por volta das 0h40.


Depois disso, segundo o pai, a criança teria retornado a um estado imóvel, como se estivesse realmente morta. O velório então seguiu seu curso até por volta das 15h, quando outra situação inesperada aconteceu. Segundo o pai, o menino levantou do caixão e disse 'Pai, quero água', relatou. Ainda assustado com o fato, Antônio tentou levar o médico do posto de saúde da ilha até sua casa, mas como não conseguiu, levou a criança, desacordada, até a unidade de saúde, onde foi avaliada. 'O médico garantiu que ele estava morto', lamentou o pai.


Diante do fato, o pai resolveu esperar mais uma hora, pois o enterro estava marcado para às 16 horas, na esperança de que o menino acordasse, o que não ocorreu. O menino então foi sepultado no cemitério de Icoaraci. O pai responsabiliza o Hospital Aberaldo Santos pela avaliação da criança. Ele registrou uma ocorrência policial na delegacia de Icoaraci para esclarecer o caso.


O caso - O pai do menino denuncia que houve erro na avaliação do filho. A criança, atendida no Hospital Abelardo Santos, com pneumonia, na sexta-feira (1º), teria sido submetida a excessivas aplicações de aerossol, o que teria provocado uma parada respiratória. 'Ele fez 4 aplicações, sendo que na terceira disse que não estava aguentando e pediu pra parar. Quando fui falar com o médico, ele disse que tinha que fazer devido a gravidade do caso', contou o pai.


Em seguida, segundo o pai, a criança teve uma parada respiratória e foi encaminhada à sala de reanimação, por volta das 19h30. Quinze minutos depois, os médicos informaram que o menino havia falecido. 'Já o trouxeram dentro de um saco plástico dizendo que teve parada respiratória', lamentou o pai. Na guia de sepultamento da criança consta como causa da morte insuficiência respiratória, desidratação e broncopneumonia.


Outro lado- Em nota da Secretaria Estadual de Saúde, a Direção do Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS) informou que o paciente K.S.S., de dois anos e sete meses, procedente da ilha de Cotijuba, foi internado às 15h34 da última sexta-feira (1º), com quadro de febre há cinco dias e falta de ar há três dias. Ele estava acompanhado do seu pai, Antonio Carlos F. dos Santos. O menino foi examinado pela médica de plantão, que constatou desidratação e pneumonia, solicitando exames de laboratório e raio-X.


Ainda segundo a Sespa, às 19h30, a plantonista da noite foi chamada para atender a criança com parada cardiorrespiratória. O paciente foi levado à sala de graves, onde passou por procedimentos de reanimação, porém sem sucesso. O óbito foi constatado às 19h40. A declaração de óbito aponta como causa da morte insuficiência respiratória, broncopneumonia e desidratação.


Bastante abalado com a notícia, o pai, de acordo com a Sespa, foi acolhido pelo Serviço Social do HRAS. Na oportunidade, ele informou que não tinha condições de arcar com o funeral, por isso foi acionado o auxilio funeral da Fundação Papa João XXIII (Funpapa). A Sespa informou que o corpo foi liberado às 23h08.


Fonte: Portal ORM

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