Com a revolução tecnológica mundial da qual nós brasileiros fazemos parte: redes sociais, internet, computadores, tablets e telefonia; o modo de se fazer política, aqui e no mundo mudou. Prova disto foram às eleições presidenciais que levaram Barack Obama à Casa Branca. Os marqueteiros recorreram a estratégias políticas nunca exploradas, criando através das mídias sociais, uma relação direta com o eleitor, abrindo assim precedentes para uma campanha mais igualitária, enfraquecendo e atenuando o abuso do poder econômico.
Segundo o Ibope NetRatines, somos 79,9 milhões de internautas tupiniquins, sendo o Brasil, o 5º país mais conectado. 87% dos internautas brasileiros entram na internet semanalmente. Com essa colocação no ranking mundial, o comportamento dos consu midores brasileiros mudou muito nos últimos anos.
A audiência das TVs, impactadas pelo controle remoto e outras formas de entretenimento e acesso a informações, vai refletir nos programas obrigatórios de propaganda eleitoral. Responsáveis por consumir os maiores orçamentos das campanhas e por sacrifícios ideológicos dos partidos por alguns segundos a mais de exposição, a propaganda obrigatória pode se converter em peça de importância restrita. O tempo reduzido pode ser usado para chamadas convidando o eleitor para vídeos interativos no YouTube, com custo zero.
Outro esforço, não menos importante, é estabelecer uma comunicação mais intensa por meio dos recursos digitais. São novos conceitos e parâmetros que surgem para focar o marketing eleitoral de 2012. Nos celulares e tablets, pode-se enviar jingles, parte de um discurso, fotos, tex tos e propostas do candidato, ou seja, os tradicionais santinhos e panfletos poderão ser substituídos, em parte, por mensagem de SMS nos celulares dos simpatizantes do candidato, e-mail, hot sites, blogs e redes sociais.
Além de poder ser replicado, o material difundido dessa forma pode se tornar uma poderosa ferramenta de marketing de rede. O marketing digital tem ainda um apelo verde. Contribui para minimizar o impacto sobre o meio ambiente, evitando o consumo exagerado de papel, o descarte inadequado do material impresso em bueiros, rios, calçadas e na porta das sessões eleitorais. Os comícios, recurso arriscado e caro, a ser cometido apenas pelos mais experientes e com algum domínio do eleitorado, podem ser compensados por uma Plataforma Discadora capaz de enviar mensagens de voz curtas e inteligentes do próprio candidato. Ferramentas mais sofisticadas, com os operadores de telemarketing utilizando scripts de fala, possibilitam a inter ação com a fala do candidato. A dica neste caso é aproveitar partes da fala do candidato gravadas para campanha de rádio.
Também é possível melhorar o cadastro de eleitores, solicitando o número de telefone celular, e-mail e redes sociais durante o contato com o eleitor. Todas essas informações serão preciosas no sprint final da campanha, permitindo o envio de torpedos SMS ratificando o número do candidato e sugerindo o compartilhamento daquela mensagem. Nesse contato, é possível utilizar ferramentas para a realização de pesquisas, via telefone, a um custo baixo se comparados às pesquisas tradicionais, mas para, que tudo isto seja possível é necessário ter um bom sistema de CRM integrado a uma Plataforma Discadora.
O marketing digital é uma ferramenta capaz de atualizar as campanhas para potencializar a divulgação das propost as e da história do candidato. Todos esses recursos, no entanto, não dispensam o corpo-a-corpo e as iniciativas para reforçar os encontros pessoais e as palestras corporativas. A parceria entre o novo e o estabelecido deve prevalecer, pois, apesar do número expressivo de internautas, estamos amadurecendo como cidadãos e, certamente, com o uso da informação de forma correta seremos os donos dos nossos destinos.
Sobre o Autor:
Altamiro Castelan
Diretor Comercial da Riosoft – www.riosoft.com.br
Graduado em Publicidade - Unilago
Especialização em Marketing Alta Tecnologia – ESPM
Participou de várias campanhas utilizando-se do Marketing Direto.
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