Carregamento foi apreendido na região do Curuatinga no Oeste do Pará
Quatro balsas com 3,6 mil metros cúbicos de madeira em tora doados pelo Ibama à prefeitura de Aveiro (cerca de 180 caminhões cheios) atracaram na quinta-feira (6) em um porto de Moju, a 130 km de Belém, no Pará. As árvores centenárias, de espécies de alto valor econômico como angelim e maçaranduba, foram derrubadas por madeireiros ilegais na região do Curuatinga, no Oeste do estado, e apreendidas no início do ano pelo instituto durante a Operação Onda Verde.
Uma quinta balsa flagrada no trajeto levando 500 metros cúbicos de madeira ilegal serrada (20 caminhões cheios) também foi conduzida a Moju. Agentes do Ibama de helicóptero haviam avistado a embarcação suspeita em Santa Maria do Uruará, mas ela fugiu antes de ser apreendida, sendo interceptada no domingo (2) pelos agentes na frota de Aveiro, no rio Amazonas, nas proximidades de Almerim. O dono da balsa foi autuado em R$ 150 mil e a madeira está em fase final de doação a um órgão público de Belém.
Da floresta para a sociedade – O carregamento das balsas contratadas pela prefeitura de Aveiro durou 15 dias, até que se completasse o recolhimento das toras espalhadas em locais de difícil acesso nas matas do Curuatinga. Em seguida, escoltada pelo Ibama e por homens do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), a frota viajou uma semana até chegar ao nordeste paraense, onde a madeira será serrada antes de retornar ao Oeste do Estado e ser, finalmente, aplicada em obras sociais.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Aveiro, João Paiva, a empresa em Moju que beneficiará a madeira ofereceu melhores preços e condições de transporte ao Município. ‘Ficou mais barato serrar aqui que em Santarém, porque em Aveiro não existem madeireiras em atividade’, explicou ele, que estima que em três meses a madeira já esteja na sua região.
A madeira doada a Aveiro é apenas parte dos oito mil metros cúbicos de toras apreendidas pelo Ibama no Curuatinga. Cerca de quatro mil metros cúbicos ainda podem ser destinados a obras sociais em outras regiões. São habilitados a apresentar projetos para receber a madeira órgãos públicos e entidade sem fins lucrativos. O Ibama não oferece maquinário, mão de obra e transporte para a retirada de bens doados, cujos custos são de responsabilidade dos beneficiados. (UGT/PA e Ibama))
J PARENTE
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