Itaituba
é um município do estado do Pará, no Brasil. Sua população em 2010 era
de 97 343 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. A origem do nome é tupi, significando "ajuntamento de água
da pedra", através da junção dos termos itá ("pedra"), 'y ("água") e
tyba ("ajuntamento").
O
acesso à cidade pode ser feito por via aérea, por meio do Aeroporto de
Itaituba. Vôos regulares conectam a cidade a importantes cidades na
região e no país. Outras formas de acesso incluem as Rodovias BR-163
(Rodovia Cuiabá-Santarém) e BR-230 (Transamazônica), além do Rio
Tapajós. A partir do Porto de Itaituba partem regularmente embarcações
de pequeno, médio e grande porte, conectando a cidade aos portos de
Santarém, Belém, Manaus e Macapá.
Primeiros
tempos: A presença dos holandeses, franceses e ingleses, no estuário do
rio Amazonas, concorreu para a permanência de portugueses no Pará e
para a expedição de Francisco Caldeira Castelo Branco que, em 1616,
fundou a cidade de Belém.
Com
a fundação da capitania, o governo expulsou os estrangeiros, tendo sido
organizada várias expedições, para destruir os estabelecimentos que
haviam sido criados e, dentre essas, quanto ao Município de Itaituba, a
do capitão Pedro Teixeira, em 1626, é a mais importante, pois atingiu,
pela primeira vez, o rio Tapajós, entrando em contato amigável com os
nativos, em um sítio que, hoje em dia, é considerado como sendo a baía
de Alter-do-Chão.
Em
1639, Pedro Teixeira retorna ao rio Tapajós, seguido dos Jesuítas. Um
forte, na foz desse rio, foi estabelecido por Francisco da Costa Falcão,
em 1697, tendo os Jesuítas instalado, sucessivamente, as aldeias de São
José ou Matapus, em 1722, São Inácio ou Tupinambaranas, em 1737, e
Borari e Arapiuns, que se destacaram pelo desenvolvimento apresentado.
Na
administração do governador e capitão-general Francisco Xavier de
Mendonça Furtado, o governo iniciou o afastamento dos jesuítas dessas
aldeias, situadas, na zona do Tapajós, e elevou à categoria de vila, com
a denominação de Santarém, a aldeia dos Tapajós. Posteriormente, também
ocorreram mudanças nas de Borari e Arapiuns, em 1757, com os nomes de
Alter-do-Chão e Vila Franca e, em 1758, as de São Inácio e São José, com
as denominações de Boim e Pinhel.
Na
administração de José de Nápoles Telo de Menezes, foi criado o lugar de
Aveiro, em 1781, onde foi erigida a freguesia de Nossa Senhora da
Conceição. Com base na documentação histórica existente, sabe-se que, em
1812, o lugar de Itaituba já existia, pois foi mencionado na relação de
viagem de Miguel João de Castro no rio Tapajós, como centro da
exploração e comércio de especiarias do Alto Tapajós.
Com
a Cabanagem e os acontecimentos ocorridos no período, fundou-se a
Brasília Legal, em 1836, como posto de resistência, à margem esquerda do
Tapajós. Conforme Ferreira Penna, em 1836, Itaituba era um aldeamento
de índios, da dependência do Grão Pará, para onde foi enviado um pequeno
destacamento.
Dentre
os nomes que a história pode destacar para o município, menciona-se o
do tenente-coronel Joaquim Caetano Corrêa, por ter sido um precursor do
desbravamento da região tapajônica, sendo considerado, inclusive, o
fundador do Município. Até 1853, Itaituba dependeu da freguesia de
Pinhel, passando, posteriormente, para a jurisdição de Boim.
Emancipação política:
Com a Lei 266, de 16 de outubro de 1854, a Brasília Legal recebeu a
categoria de vila e, como não correspondeu à expectativa, a Lei 290, de
15 de dezembro de 1856, transferiu para Itaituba a sede do Município,
somente instalado em 3 de novembro do ano seguinte.
A
Lei 1 152, de 4 de abril de 1883, desmembra parte do município de
Itaituba, para constituir o de Aveiro, que havia sido criado com a
elevação da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Aveiro à condição
de Município. O predicamento da cidade lhe foi conferido em 1900,
através da Lei 684, de 23 de março, sendo instalada em 15 de novembro do
mesmo ano.
Pelo
Decreto Seis, de 4 de novembro de 1930, o Município foi mantido, porém,
o Decreto 72, de 27 de dezembro do mesmo ano, colocou seu território
sob administração direta do Estado. Como unidade autônoma, também,
figura na relação da Lei Oito, de 31 de outubro de 1935.
No
quadro anexo ao Decreto-Lei 2 972, de 31 de março de 1938, aparece
constituído de dois distritos: Itaituba e Brasília Legal, permanecendo,
dessa forma, na divisão territorial fixada para o período de 1939-1943,
estabelecida pelo Decreto-Lei 3 131, de 31 de outubro de 1938, como
também na divisão estabelecida para o quinquênio 1944-1948, fixada pelo
Decreto-Lei 4 505, de 30 de dezembro de 1943. Perdeu o distrito de
Brasília Legal para constituir o Município de Aveiro, que foi
restaurado, através da Lei 2 460, de 29 de dezembro de 1961.
Economia:
Considerada pelo IBGE como um centro sub-regional (terceiro na
hierarquia de classificação de centros urbanos do IBGE, catacterizado
pela existência de atividades de gestão e de influência sobre os
municípios mais próximos) de médio porte (por possuir população entre
100.000 e 500.000 habitantes), a cidade de Itaituba encontra no setor de
serviços o principal motor de sua economia. Responsável por 71% de toda
a riqueza produzida no município, o setor de serviços é um dos 10
maiores do estado do Pará. No período entre 2002 e 2007, o Produto
Interno Bruto da cidade de Itaituba apresentou um crescimento de 8,9%, o
que coloca a cidade na seleta lista de 106 municípios cujo crescimento
médio do PIB no período foi superior ao crescimento médio nacional.
Outros
destaques na economia de Itaituba são o setor industrial, a mineração, e
o agropecuário. Na indústria é marcante a produção de produtos baseados
no calcário (matéria-prima abundante no subsolo do município), sendo a
cidade uma das principais produtoras de cimento no País. No setor de
mineração, destacam-se as atividades de exploração de ouro no Vale do
Tapajós. A instalação de grandes conglomerados ligados à atividade de
mineração fez com que, em 2008, Itaituba fosse responsável por 1,1% de
toda a riqueza produzida no setor no Estado do Pará, figurando entre os
14 maiores PIB do setor. Por fim, no setor agropecuário figuram as
atividades de agricultura familiar e a pecuária de pequeno porte. O
destaque no setor é a Feira Agropecuária do município, o qual movimenta
milhões de reais em transações comerciais todos os anos no município,
sendo um dos maiores evento do gênero no Oeste do Pará.
O
município de Itaituba, entre meados da década de 1980 e início da
década de 1990, tinha sua economia fortemente baseada na extração do
ouro no Vale do Tapajós, maior região aurífera do oeste paraense. Nesse
período, estima-se que tenham sido exploradas da região mais de 500
toneladas de ouro. Em virtude do garimpo, o Aeroporto de Itaituba teve
um dos maiores movimentos em pousos e decolagens de aeronaves no mundo.
No entanto, observou também um crescimento desorganizado da cidade, com
um significativo aumento da pobreza em áreas periféricas, bem como uma
grande degradação ambiental causada pelo mercúrio. Com a decadência da
exploração do ouro (no início da década de 90), a cidade começou a ver
surgir empreendimentos ligados principalmente ao setor agropecuário e
madeireiro.
Um
dos grandes entraves ao desenvolvimento econômico da região foi o
abastecimento de energia, que até fins dos anos 1990 representava um
problema crônico para a cidade. Em 1998, a cidade de Itaituba passou a
ser atendida pelo Projeto Tramoeste, o qual que leva energia produzida
na Hidrelétrica de Tucuruí para diversas cidades no oeste paraense
.
Fonte: Google http://pt.wikipedia.org/wiki/Itaituba
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