Pouca gente esteve na audiência pública realizada na tarde de hoje na Câmara de Itaituba, para discutir a construção de usinas hidrelétricas no Rio Tapajós. Representantes do governo federal (da presidência República, da Funai e do Ministério da Justiça, ONGs e indígena da etnia mundurucu estiveram presentes. O discurso que mais chamou atenção foi de Francisco, índio mundurucu, que impressionou por sua fala. Ele lembrou aos representantes do governo federal, que as lideranças do homem branco procuram os índios 380 anos depois, certamente se referindo ao primeiro contato mantido com sua etnia. Procura com conversas bonitas, porque agora interessa conversar com os índios, disse ele.
Francisco disse que tudo terá que ser discutido em todas as aldeias. O que sair dessas discussões será informado às autoridades. Ele não assumiu compromisso algum. Entretanto, nas entrelinhas deixou ficar entendido que a possibilidade de uma decisão contrária à construção da barragem é o mais provável.
Ele afirmou que seu povo é calmo, mas, que também existem guerreiros que estão sempre dispostos a defender os interesses da comunidade indígena.
Como o blog já afirmou mais de uma vez, por aqui, a confusão com respeito à construção dessas hidrelétricas ainda nem começou. Isso é apenas um pequeno ensaio. Ainda vamos ver muita confusão daqui pra frente.
J Parente
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