ABANDONADOS
FOTO: Elias Jr |
A população ribeirinha que depende e precisa frequentemente do transporte Fluvial no auto Tapajós vem sofrendo nos últimos anos com a ganância de proprietários de embarcações, o descaso da Capitania dos Portos e com a falta de atitude da agência reguladora (ARCON). Nas férias de julho e final de ano o número de passageiro aumenta e as pessoas teem que viajar nas embarcações superlotadas e abarrotadas de cargas.
Com o número de passageiros além da capacidade, muitos barcos que saem de Itaituba não param nos portos intermediários como Brasília legal, Fordlândia e Aveiro. São dezenas de passageiros que são abandonados nos portos dessas localidades por falta de vagas nas embarcações, sem que ninguém tome providências para que mais embarcações venham explorar a linha entre Itaituba e Santarém, o que certamente proporcionaria melhores condições e comodidade aos usuários.
Um comandante de embarcação que não quis se identificar, ha dois anos atrás já havia denunciado o Consórcio Tapajós, composto por 11 proprietários embarcações que fazem o monopólio na linha, já que só eles podem viajar na linha Santarém/Itaituba.
As duas lanchas que fazem a linha ao chegar para comprar a passagem para portos intermediários eles alegam que não tem mais a cota de passagem e se o passageiro quiser viajar tem que comprar e pagar a passagem integral de Santarém a Itaituba ou vice versa, uma verdadeira ladroagem, uma roubalheira ao consumidor.
Esta semana precisamente, segunda Feira (15), uma embarcação que faz linha para Santarém teria se atrasado quase duas horas para desatracar do terminal de Itaituba, pelo fato de não terem descarregado toda a carga. Quando um passageiro denunciou o fato à imprensa, um repórter de uma emissora de TV local foi agredido verbalmente pelo comandante da embarcação que em meio a população presente, proferiu palavras de baixo calão, mostrando o despreparo destes profissionais desqualificados.
No terminal Hidroviário, que por sua vez está em estado de abandono, a reportagem não encontrou ninguém que pudesse resolver o problema e nem tampouco explicar os motivos do caos. Os vendedores de passagens defendem a capitania e atribuiu a culpa a ARCON, o único representante da agência, um funcionário cedido pelo município, não quis gravar entrevista, mas disse que o órgão tem vários setores, solicitando que buscássemos informações junto à regional do órgão em Santarém.
Enquanto ninguém toma providências a população fica a mercê de alguns empresários, que na verdade mais perecem mercenários, que atuam nesta atividade, esquecendo que trata-se de uma prestação de serviço a população para a qual existem normas estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor.
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